quarta-feira, 10 de junho de 2015

As partes de Luigi

Passando pela avenida 9 de julho, em direção a tirreno, numa viagem de 6 minutos, Francisco César traduziu assim meus vôos, meus vais, meus vous, meus nunca-vens. Per te, Maria, que viu no que deu se dar assim pra mim, perdoa se eu fui. Volto um dia, se tu quiser. Querer eu quero, mas num deu mais pra te dar o que tu queria. Se tu se der, de novo, tu vai ser o que tu quer, Maria: mia.

"De longe escuto o gemido da usina
Adeus, menina do meu padecer
Moer a cana dói - tirar a gema
Sobra bagaço nesse meu viver

Desde anteontem o relógio silencia
Pinga na pia o choro de quem é só
Moer a cana dói - tirar a gema
Era madeira, cupim roeu deixou pó

Adeus, meu povo pernambuco e paraíba
Vim nessa vida pra dizer adeus
Moer a cana dói - tirar a gema
Sol dai a luz, clareia os olhos meus

Em fogo morto vai o afago da saudade
Nem a metade do que queimou queima mais
Moer a cana dói - tirar a gema
Range a ferrugem e o mel do chorume cai"

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