Expensive quote
Apaixonar-se é um luxo que custa muito caro pra mim.
Apaixonar-se é um luxo que custa muito caro pra mim.
Postado por Mauricio Babilonia às 14:40 0 comentários
- E, já que ninguém pode ser substituído por ser feito desses detalhes específicos e bonitos, é sensato então argumentar que são esses mesmos detalhes que fazem com que nos interessemos por alguém. así que eu posso me interessar por um fator ou outro, um elemento ou outro, um pensamento ou outro, um aspecto ou outro. A soma de vários desses detalhes dá a noção exata do quanto alguém nos causa interesse, do quanto alguém parece suficientemente valer a pena. Então, veja só, não nos interessamos por alguém, e sim por partes desse alguém.
- Ou o nosso interesse por estas partes faz com que transformemos completamente alguém. A parte pelo todo. Enxergamos alguém completamente, mas não quem a pessoa de fato é. Enxergamos, na verdade, a nossa criação de alguém.
Postado por Mauricio Babilonia às 23:52 0 comentários
Postado por Mauricio Babilonia às 22:52 0 comentários
o que ela precisa é de uma paixão. algo que a faça mover-se. algo que lhe tire o fôlego e os pés do chão. sair dessa inércia que lhe consome, dia após dia, hora após hora. mais durante a noite, as horas mortas da madrugada, como diria o gabo. algo que lhe consuma quase que por inteira, que só lhe deixe um pedaço restante e a faça crescer depois. ela precisa sair desse embotamento, dessa maré inequívoca e deslizar um pouco por algo mais interessante. falta essa coisa que a gente chama de... não sei. mas sei que ela precisa ser chacoalhada. pelo quê? por quem?
Postado por Mauricio Babilonia às 17:03 0 comentários
- Será que é velhice o que chega quando os planos dão lugar à nostalgia?
Postado por Mauricio Babilonia às 07:49 0 comentários
Postado por Mauricio Babilonia às 20:01 0 comentários
estar apaixonada, para ela, sempre significou estar triste. porque ela nunca se lembrou de uma única vez em que estivesse apaixonada e feliz. para lhe ser sincero, mal e mal ela se lembra de quando esteve realmente feliz. como se fosse uma condição implícita: ou um ou outro.
Postado por Mauricio Babilonia às 20:14 0 comentários
Postado por Mauricio Babilonia às 12:44 2 comentários
Postado por Mauricio Babilonia às 08:31 0 comentários
e como ela se sentiu depois daquele banho de chuveiro após a praia? os cristais de sal se desfazendo e ela observando um por um, como se fossem pequenos diamantes escorrendo para o nada, junto com a saudade. eu vendo-a como se não estivesse ali, e ela me olhando como se não soubesse que eu a via. e lendo-a, como se ela não percebesse que eu sabia o que estava pensando. ela pensava em mim, talvez porque eu pensava nela, ou talvez porque a água a fazia pensar em mim. e enquanto levantava o rosto em direção à ducha, podia sentir cada pingo de água desviando-se nas dobras de cada pêlo, de cada cicatriz, de cada elevação e de cada curva. eu continuava observando-a, e ela ainda me olhava. talvez fosse ficar assim para sempre: mirándome mirar.
Postado por Mauricio Babilonia às 16:17 0 comentários
- Tá, e qual é o problema então?
- Em relação?
- A ela.
- Nenhum. Acho.
- Como nenhum? Você passou a noite reclamando.
- É, mas não porque tenha problema...
- E o que é?
- Eu errei. Fiz besteira.
- Ah...
- É... Acho que perdi uma ou duas oportunidades. Talvez até três! O que me leva a pensar que não existe problema. Ou, se existe, sou eu.
- Não sei, você realmente acha que existe essa coisa de oportunidade?
- "Essa coisa"? Claro que existe.
- Mas o que seria uma "oportunidade" então? Que tipo de conjunção ou alinhamento universal
faria com que uma situação fosse qualificada como "oportunidade"? Existem muitas variáveis! São praticamente infinitas!
- É justamente por isso que é chamada de "oportunidade". Porque é uma situação em que todos os parâmetros estão configurados de forma a estabelecer uma conexão entre duas situações que, de outra forma (ou em outro momento), não existiria. Acho que um exemplo bom é o de duas pessoas que se encontram por acaso. E, por algum motivo, começam a conversar. O fato de começarem a conversar significa que uma oportunidade foi aproveitada. Talvez um dos dois percebesse isso, e não quisesse deixar escapar. E aí depois vai existir uma sequência praticamente interminável de outras oportuniades, enquanto estiverem conversando.
- E quando é que a gente percebe uma oportunidade?
- Não sei. Veja aí, eu não sou muito bom em percebê-las...
- Mas você não percebeu ou percebeu e não soube o que fazer?
- Boa pergunta, mas acho que eu percebi, e não soube o que fazer. Ou melhor, eu percebi e soube o que fazer, mas não fiz.
- E por quê não?
- Essa é outra boa pergunta.
Postado por Mauricio Babilonia às 00:33 2 comentários
Postado por Mauricio Babilonia às 15:41 0 comentários
mas sempre que tem vento, ela sente. vai lá fora e vê a lua, densa. e pensa: que linda. entra, pega a tinta e pinta, cria, recria, desenha, redesenha e se acalma. assim ela relaxa. tu acha?
a sua tristeza era tão aparente e visível que era como se fosse parte do seu corpo. tinha forma, cor, cheiro, textura.
(não bastasse, obedecia aos comandos do seu cérebro - também como uma parte do corpo - mas não obedecia aos seus comandos. era parte do seu corpo, sim, mas não estava atrelada a nenhuma outra parte. poderia estar junto à cabeça, aos braços, às pernas - ou ao coração. fazia movimentos espontâneos que não se sabia bem por que. ia e vinha, simplesmente. às vezes lhe assaltava o sono da madrugada e lhe saltava dos olhos, mas sem molhar o rosto, porque era tristeza, e não lágrima. às vezes era concreta e lhe batia no peito, bem próximo ao esterno. de dentro pra fora, geralmente).
e isso dava pra ver só de olhá-la, vê só.
(mas aí aconteceu algo que me confirmou as suspeitas. a tristeza dela me tocou e eu pude me dar conta de que sim, era física e real, a tristeza dela).
Postado por Mauricio Babilonia às 19:16 0 comentários