domingo, 8 de janeiro de 2012

Cena de um domingo à noite: soledad


"Eu não conseguia dormir porque a parede se mexia. Se movia de forma compassada, ao som dos gemidos do outro lado. Ia e vinha, às vezes mais rápido, às vezes mais devagar. Nem sempre constante, ao contrário dos murmúrios. Ocasionais gargalhadas. Era clara a intenção dos dois corpos em ocuparem um mesmo lugar no espaço. E eu, no meu domingo à noite, não conseguia desgrudar minha cabeça da parede tentando, desesperadamente, sentir uma parcela daquele gozo."

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