segunda-feira, 14 de julho de 2008

As partes de Teresa

é a pele.
primeiro a visão do vão dos seios. os antebraços nus, a dobra da cintura dos quadris. o aspecto da barriga e até por transparência que se veja o busto. das coxas e das pernas, a longitude e o desvario do vazio por entre. dentre elas, certas, gestos. gosto da pele.
depois o cheiro do pescoço, a bênção do aroma da afeição. ou não. com o pescoço aparece o cheiro da curvatura do portrás. exala o olor das costas. costas? se conhece uma mulher pelo cheiro das omoplatas. quando arrebata, não importa o trato, é fato: se é de uma mulher enquanto não se sabe o que ela tem. a busca pelo segredo, pelas tendências dos nervos, não é mais que que os segundos do gotejo. primeiro, de fora pra dentro, no descompasso, a divisão do lasso interno e do pulsar externo, e depois de dentro pra fora, intrépido, rompendo a consciência, com a pura ciência dos homens, o sabor.
ah, o sabor.
a se saber mais além...

5 comentários:

Márcia Leite. disse...

Delícia de texto!

=)

Anônimo disse...

Senti, hein...

Pamella Oliveira disse...

Dá para sentir mesmo. É como se as omoplatas estivesse assim bem perto do nariz enquanto leio o texto!!

:D

Pamella Oliveira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cla disse...

Muito bom!
=)