Todas as águas
( )
a poesia
é o epitáfio da
minha consciência
e o amanhã
as lápides
num cemitério
de emoções
( )
meu veleiro não é mais eu
eu não sou aquele
que navegava entre os mares da poesia
a poesia acabou
o mar secou
meu casco partiu
barco naufragou
amanhã, talvez
o mar se recomponha
para calcar, sob as gélidas pás
do meu navio paraibano
uma torrente acre de
palavras
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