Esmeralda Hortelã
III
Das terríveis tormentas infantis, ingênuas jogatinas vis, uma jóia ao léu perdeu-se das perfídias pueris e emergiu-se correta e decentemente lá dos mares, brotou-se da terra aos ares, opôs-se da cria dos lares e foi-se, fez-se, viu-se, seu-se e é-se agora Esmeralda uma doce moça nessa face conjugada de homens-posses e mulheres-falsas. Solta, Esmeralda pode partir pela porta para percorrer por perto e por longe os longos céus, distantes vários acres, nas asas dos sonhos em que Esmeralda vê-se sempre, sempre solta a flutuar os ares sobre os lares desde quando a ilusão de Esmeralda instalou-se fixa sob as frouxas madeixas capilares.
E isso foi há muito tempo atrás.
Dos toques, da impressão
Direção em contramão os hormônios
De Esmeralda cor de mar
Diversão e aversão aos demônios
E Esmeralda é vento e ar
Que voa-se por onde quer-se
E abriga-se onde der-se
Desce-se, sobe-se, volta-se
vai-se, vem-se, í-se
sabe-se quando se quer-se ficar-se
Esmeralda é vontade nos vislumbres da maior idade
Tépida fatia de emoção
Lânguido cortejo de prazer
Esmeralda e o toque nos umbrais dos portais da tarde.
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