sábado, 16 de abril de 2011

Il giorno, la notte e l'alba

As tardes não fazem muito sentido. Não tem nenhum apelo romântico, poético. São quentes, preguiçosas e, se não há sesta, não há nada de interessante. A tarde é relevante justamente quando se passa metade dela dormindo. Gosto de gastar a madrugada acordado. É prazeroso pela calma, pelo silêncio; não vai terminar nunca, essa é a impressão, já que não existem alarmes, buzinas, músicas, correrias, vozes apressadas; es decir: não tem tom de passagem de tempo, nada que indique a efemeridade das coisas serem só e somente só agora. De madrugada não é assim, não existe pressa, não existe a sucessão dos minutos. E quando chega a manhãzinha, chega um pouco do sono. E pouco depois, quando o mundo acorda, é hora de ir dormir. E dormir. E dormir. Acordar no fim da tarde e tomar um banho; comer. E se preparar mais uma vez para o outro mundo, que está aí, à noite, secreto e interno.

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