sexta-feira, 20 de junho de 2008

Nossa Senhora das Neves

para Erick D'Almeida

eu cruzo a beira-rio e meu peito se transforma
são aguaceiros derradeiros, arruaceiros
em tambaú meu peito some mais e mais
mergulho em teus mares, terra e sais

não me contive nos caminhos dos amores
nem desgastei nas veredas minhas dores
no varadouro acordei tuas putas mortas
com as mulheres da areia dei mil voltas

na lagoa onde os meninos perdem sempre
e onde os homens sonham vida que não têm
parahyba, tu não tinhas dessabor
e hoje afogas no esgoto o teu amor

frederica meu amor, minha querida
estavas tão longe, e quanto eu te queria!
eu morro no teu nascedouro, sanhauá
cada dia eu digo: filipéia hei de amar

6 comentários:

Gabriela. disse...

Eii Dan, esse é antigo teu né?
Não é um que é bem grande? espécie de epopeía da cidade...
Não li tudo ainda, mas esse trecho aí está muitooo bom, Dan! =]

Aretha Paiva disse...

Gostei bastante. Gosto de ver nossa terra valorizada. :D

Anônimo disse...

legal demais bixo, tu és o poeta.

Anônimo disse...

belíssimo poeta !

parece com algo que alguém já escreveu.

parece aqueles textos de vestibular.

eu até adimiro.

mas o super héroi de cuecas escreve a intensidade a alma.

mas a crítica é interessante. poderia publicá-lo em um jornal!

beijo!

Pamella Oliveira disse...

Nem deveria se contar nos caminhos dos amores... é uma estrada desconhecida por onde nem mesmo devia-se enveredar.

Poeta²!

Erick de Almeida disse...

gostei muito... fiquei todo besta com a dedicatória =D
té mais, abraço!