sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Provérbios sem o idílio de Tomás: adeus Sapé

A terça parte

não há coisas a que se falar
a algaravia de outrora
permanece

um pote de coisas sobre a mesa:
a vastidão dos espelhos sobrepostos
o retrato vago de uma quimera:
ainda ontem era tudo um amanhã
as faces escuras de uns poucos dados:
o acaso abolido pelas mãos de deus

é lenta a moldura do corte
não importa a cor exposta:
reflexo de alma distorcida

eu jamais cantei a música
cantada no tomo das fractais
ressurgida nos bafejos de outrora
esquecida no viés da invenção
recontada nas gargantas dos aqueus
infundida pelas ordens dos dragões

(A continuar...)

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