quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Todas as águas

( )

a poesia
é o epitáfio da
minha consciência
e o amanhã
as lápides
num cemitério
de emoções




( )

meu veleiro não é mais eu
eu não sou aquele
que navegava entre os mares da poesia
a poesia acabou
o mar secou
meu casco partiu
barco naufragou

amanhã, talvez
o mar se recomponha
para calcar, sob as gélidas pás
do meu navio paraibano
uma torrente acre de
palavras

Nenhum comentário: