terça-feira, 24 de julho de 2007

Concretimento




segunda-feira, 9 de julho de 2007

Depois do pulo...

"'Não sente frio?' E eu lhe disse: 'Às vezes'. E ela me disse: 'Deve estar sentindo agora'. E então compreendi por que não pudera estar só na cadeira. Era o frio que me dava a certeza de minha solidão. 'Agora estou sentindo - disse. - E é esquisito porque a noite está quieta. Talvez o lençol tenha caído.'"





Cade você? - Segunda, 11/09/2006 - 04:09

D A N
D
R E S S A C A
D Ê
V O C Ê





Lisandra - Domingo, 11/02/07 - 15:58

A metáfora baila nos teus lábios.
e de tus manos
a cadência do arrebol
derrama sobre mim
raios anormais de
pequeñas luces verdes.

teus olhos: uma miríade
sazonal de incerteza.





Poema-presente - Quarta, 07/02/07 - 01:35

Assim nada deve restar, e são somente as
Límpidas, intactas, guardadas, imaculadas águas

Que hão de um dia jorrar dos teus cabelos
Para além dos meus segredos.





5mg de Eloísa - Quarta, 16/08/2006 - 21:53

Eloísa é vício que cresce
Complexo, perplexo, sem nexo;
Num amplexo desconexo irreflexo.





O poeminha de 1 milhão de dólares - Terça, 08/08/2006 - 23:20

De pronto eu prontifico o meu tormento:
Como eu canto o que eu tenho na cabeça?
Como eu faço para que você me apareça?
E quem pode traduzir meu pensamento?

Se minha fosse a canção de Caetano
Abaeté seria em Tambáu
e as areias, estrelas ou o céu azul,
As calmas noites de calor paraibano.

Queria apanhar o táxi pra estação lunar
E ver um espelho no seu rosto de geleira.
O vento sacudir a vermelhidão da cabeleira
Iluminando do jardim das acácias até o mar

Chegue perto de mim, ouve a canção...
É a que eu quero tentar cantar!
Mas e se as pessoas na sala de jantar
Estão ocupadas em dar chutes no patrão?

O que será, o que será que vai acontecer?
O que canta o carioca sexagenário?
O que espera no fundo do armário?
E em qual veia meu sangue há de se perder?

Se no sagrado altar da música do Brasil
Não me vem a luz da inspiração,
Recorro agora, sem nenhuma boa ação
To what I really want and what I feel.

Rogo a Jesus, Maria e a José.
De Titânia o canto cantaria,
E Shakespeare assim ressaltaria
A filosofia de Voltaire.

Pois canta John, na harmonia de Paul
Uma canção que me seja indispensável
E quem sabe seja assim considerável
Eloísa ouvir quem a chamou.

Corre, coelhinha, corre
Não tem medo de se preocupar
Respira, respira no ar,
Me espera e aí depois você dorme

Cuarón, tempestade e Linklater
Red wine, full moon and portishead
Adam, I sure do love the red haireds
And the truth hidden in Bryter Layter

Ah! eu queria viver lá em Macondo!
Pra combinar com você a nossa senha
E um dia após o sonho você venha
Me encontrar e assim eu canto o que escondo





Esmeralda Hortelã
I

Nasceu a nossa néscia ilusão: Esmeralda, o amplexo das cores, no desconexo reflexo dos mares, verdes, fugazes, outrora lilazes, mas nunca, nunca, parciais, sempre, sempre, irreais. Mas nasceu a esmeralda; não fossem as densas autarquias divinais, poderia-se dizer que perdêramos - eu, tu - as posses intelectuais. Não. De posse das faculdades mentais estaremos aqui a esculturar, regozijar, enlevar e perscrutar os indícios que fazem de Esmeralda a epifania-mor do verde os olhos dela.


Das cores, dos sabores

Mentalmente aumenta a poesia vã
senta rente, inventa e adentra
lentamente a lenda da hortelã

Cria de netuno, poseidão under the sea
Tritão afunda em Tambaú
Mares, cores, mítico petróleo-azul

Chlara-philha das florestas, esta, nestas vi
verdes-mares, sugadores de arvóres,
Lima, limão, olivas ácidas dos mármores

Dá-se o verde à primavera paraibana!
Revive-se! Reflora-se! Reverdeia-se!
Dá-se o verde à primavera paraibana!
ao Solon, à Lucena, ao Parque!

Decompôs-se dos exércitos lunares;
Fecundou-se das turquesas abacates

Marcianos em vestes de cor cáqui
Depuseram em terra
Dispuseram sem guerra
Dispensaram a espera

Nasceu a preciosidade.