domingo, 11 de fevereiro de 2007

Algures

Constatação número 1

morrer me é inviável,
inevitável; e tanto que seja,
morrer me é imaginável.




Domingo

Não depende da segunda para ser o que é. De fato, o domingo é o que parece não porque antecipa-se à segunda - que, para mim, é o melhor dia da semana, e é contraditoriamente o retorno, a volta à vida, o renascer - e sim porque, por definição, este dia se faz o primeiro da semana. Paradoxalmente, o domingo é dedicado ao deus-sol, sendo ele o começo da semana, e não a segunda. Pois bem, o último dia então é o sábado, o sabbath, o dia do descanso. Cristianamente falando, Deus começou a erguer seu reino de carbono em um domingo, e descansou no sábado.
E por que o primeiro dia da semana parece o último? Sei não.




Morte

Que, para mim, é como antes de nascer: um nada.




Metal, silício e 1/4 de alma.

Foi uma máquina que me fez duvidar das minhas não-crenças - ou a crença em coisa alguma. Uma ameça, dessas que a gente faz a uma criança para amenizar as correrias por entre os móveis, e o barulho enquanto a gente quer assistir o jogo, foi o suficiente para startear o emaranhado de conexões e fios temperamentais. Amém.




Mutação

Ah, eu vou é embora pra América, ganhar a vida cantando mambo.

2 comentários:

angelic fruitcake disse...

pra mim, domingo é quase-morte.

Anônimo disse...

Vagando pelo universo virtual vim parar no teu blog, achei bastante interessante, vc escreve de maneira agradável.
Em relação ao post:
Certamente se tirássemos os domingos do calendário os sábados adotariam o tédio "domingueiro".
E acho um tanto duvidosa essa história (ou estória) que deus criou o mundo em sete dias, provavelmente ele não o fez com as mãos, moldando-o.

Tenho algumas poesias no meu "diário virtual", dá uma olhada lá...

Até.